É muito legal ter um blog!
Fico pensando na liberdade de experessão que esse instrumento possibilita!!! Imagina só se existissem blogs na época da ditadura?!?!? Ok, talvez as pessoas tivessem mais receios de se expressarem tããão livremente, mas sempre tem aquela galerinha disposta a colocar a boca no trambone mesmo! Seria fenomenal!Talvez hoje soubéssemos mais coisa sobre esse passado obscuro na história brasileira.
Mas não é sobre isso que quero falar, até porque não me sinto apta a falar sobre o assunto, não passo do senso comum! Senso com S, sim, porque existe também com C, mas aí o negócio é com o IBGE.
Quero falar, contar mesmo, um pouco sobre minha vida como mestranda. Não que isso tenha grande relevância social, mas aí fica a liberdade de escolha do que você lê!Tem sido muito legal, a música do Lulu Santos nunca fez tanto sentido na minha vida (porque as músicas falam por mim! rs) - às vezes eu me sinto uma bala perdida -, sim, na versão original ele canta - às vezes eu me sinto uma mola encolhida - , mas na versão acústica potpourri, ele diz bala perdida (Confiram! www.youtube.com/watch?v=-I4A1HyqQAM). Sinto-me mesmo como uma bala perdida, e também como uma mola encolhida, prestes a explodir a qualquer momento.
Perdida porque sou constantemente colocada à dúvida! Tudo acaba sendo muito relativo! Desconstrói-se um mundo e fica muito difícil construir outro no lugar, dizem que é tudo um processo. E esse processo de construção, algumas vezes, é dolorido porque te coloca em xeque mesmo, te põe em contradição com valores até então inquestionáveis, coloca em discussão a sua própria identidade... E nisso tudo eu ainda não sei o que quero ser quando crescer... Se ao menos eu tivesse clareza do quero com meu projeto de mestrado agora, já estaria bom...
Essa pressão toda faz com que eu me sinta como uma mola encolhida mesmo, prestes a saltar, sem rumo, desejando sair por aí, sem mais pensar, sem mais questionar, me mantendo protegida na ignorância, no seu sentido estrito mesmo, de ignorar muita coisa... A ignorância realmente protege! No nossa país, basta futebol, carnaval e cesta básica e muita gente é feliz... ah eu preciso de mais, bem mais!!!
O mais difícil até agora tem sido o sentimento de solidão... Pra quem estava acostumada a ter um quinteto fiel sempre ao lado, ter que agora percorrer as ruas da Unicamp acompanhada apenas de lembranças (ah! e são tantas!!!) fica difícil. A nostalgia toma conta mesmo! O bom é que em meio a essa solidão encontro amizades que se reforçam, e eu reforço a certeza de estar, academicamente falando, exatamente onde eu queria estar, e vou me construindo como mestranda (mesmo sem saber ainda o que isso significa, se é que precisa significar alguma coisa).
Essa solidão esbarra em coisas pontuais como falta de companhia pra uma cervejinha no fim da tarde... Ô saudade das meninas da Pedago!!! Do quinteto, no mínimo duas topariam sentar na grama do star trash e encarar uma Itaipava geladona, mas o mais comum mesmo seria que todas estaríamos lá, filosofando, debatendo, bebendo, comendo, rindo!... E eram nesses momentos que aconteciam os maiores aprendizados!!! Foi no currículo oculto que nos formamos verdadeiramente Pedagogas! - e que ninguém duvide disso! Agora, como me tornarei mestra de verdade nessa vida solitária de pós-graduação?!?!?!? Nisso (ao menos nisso!!!), a especialização sai ganhando! (Faço pós Lato sensu na Unifesp/SP também!) Apesar de ser café, (faz mais sentido no sábado pela manhã!), é este que ainda me motiva a encarar quinzenalmente a estrada rumo a SP... Mais uma vez o currículo oculto exercendo com louvor seu papel formativo!!!