Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

domingo, 13 de junho de 2010

PROBLEMAS SOCIAIS

Muita coisa tem me incomodado ultimamente... Mas uma coisa que me incomoda profundamente e me irrita absurdamente é o simplismo das pessoas quando tratam de situações sociais.

Primeiro porque pra falar de Educação e Sociedade todo mundo se acha apto. Falar de matérias “mais sérias” como medicina, por exemplo, sem o devido conhecimento é charlatanismo, mas falar que ladrão tem q morrer porque é bandido quem quer, isso qualquer um pode dizer. Fico P@#&!!!

De certa forma, isso demonstra o egoísmo das pessoas. Porque inconscientemente, parte-se do pressuposto que quem vive marginalizado não deve querer nada. O jovem favelado não pode desejar o tênis da moda, o celular, o carro... E o sistema é tão perverso que vende a imagem de que os esforçados conseguem, reforçando a ideia da meritocracia.

Contra esse argumento, a classe média se opõe afirmando que não comete crimes contra a classe alta e bla bla bla. Isso demonstra a grande ignorância em relação as condições de vida do pobre no Brasil. Reclamam também dos seus baixos salários, mas não conseguem imaginar como viver com um salário mínimo... Mas o pobre favelado, esse sim, deve aprender viver com o que ganha.

Não estou defendendo a violência, lógico que não. Já fui vítima dela e é também por isso que minha defesa é pela justiça social. Para mim os grandes bandidos do nosso país são os governantes que não estabelecem boas políticas públicas. Com o dinheiro que o Brasil arrecada em impostos poderíamos ter as melhores escolas, melhores hospitais e as melhores políticas para tirar, realmente, da marginalidade os milhões de renegados que a sociedade ignora. (até quando se pode!).

As pessoas não conseguem perceber que quando um assalto acontece, é apenas a ponta de um iceberg despontando. As raízes do problema são muito mais profundas, e não é a cadeia, ainda mais nas condições em que estão no Brasil, que resolverá o problema. O problema está muito mais embaixo, muito maior.

Lógico que existem exceções, existem patologias causadoras de violência, mas no Brasil, infelizmente, a maior patologia é social.

sábado, 5 de junho de 2010

A TEORIA NA PRÁTICA...

Sou Pedagoga, defensora de uma Educação crítica, idealista... Só não sei direito o que fazer com isso... Cultivo ideais que estão numa linha tênue com a utopia...



Fui, entre outras coisas, professora. Experiência maravilhosa. Gratificante!



14 crianças encantadoras que me ensinaram tanto! Me ensinaram que a vida pode ser mais simples, que “não ser mais amigo” dura pouquíssimo tempo, que amar não tem idade. Mostraram-me que para ser a professora, não era preciso muito. Uma certa dedicação, lógico, mas essa era a parte fácil.



O difícil nas escolas não são as crianças. Com um pouco de jogo de cintura elas são a parte que faz tudo valer a pena. Salário baixo, “burrocracias” e uma administração que mais parece de supermercado, porque o que importa é vender mais, essa é a parte difícil!



Sabe lá o que é você passar tardes e tardes preparando atividades, pesquisando, tentando de verdade fazer um trabalho legal e ter uma atividade censurada - e olha que o AI5 já caiu há mais de 20 anos! - por utilizar o nome de um autor que é também de uma escola concorrente?



Pois é, você ganha 5% de hora atividade, um valor risório, que não te paga nem um almoço, e você ainda tem que refazer um trabalho legal porque usou Monteiro Lobato, um autor que nem é muito importante mesmo, né, então tudo bem não usá-lo porque é o nome da concorrente... Dá pra acreditar?!?!?!



Infelizmente esse é só um exemplo dentre tantos que vivenciei e que foram me desanimando, por não querer ser conivente com isso, que para mim não é Educação. É no máximo um ensinozinho mecânico que vem se fazendo há tempos e que não serve mais para o mundo que precisamos (re)construir.



Foi só um ano. Agora estou no mestrado e não sei ao certo o que farei com isso, porque da experiência sobrou também o medo de não me adequar a esse sistema servidor e, talvez, vítima do capitalismo neoliberal.

Entendo que do mundo acadêmico para o mundo real exista ainda certa distância, mas “A teoria na prática não se aplica, ou a teoria na prática não convém?”

terça-feira, 1 de junho de 2010

A GENTE É O QUE A GENTE GOSTA!

Quem eu sou?

É realmente difícil responder a essa pergunta e visitando outros blogs li um texto da Martha Medeiros em que ela diz “A gente é o que a gente gosta.”.

Pensando assim, sou muita coisa, sou muita gente, muitas comidas, muitas viagens. Sou muitas, mas muitas músicas. Sou filmes. Sou saudades.

Sou computador, internet. Sou cervejinha numa roda de amigos. Sou arroz com strogonoff e batata palha, sou lasanha, sou pizza, churrasco, coxinha e pão de queijo!

Sou camping e hotel. Sou pousada, albergue. Sou praia, cachoeira, trilha.

Sou MPB, pop, rock. Sou anos 60, 70... Sou axé e até um pouco funk. Sou sertanejo, pagode, samba rock.

Sou “Escritores da Liberdade”, “Clube do Imperador”, “O sorriso de Monalisa”, “Coach Carter”, “Pride: Orgulho e Preconceito”, “Sociedade dos Poetas Mortos”...

Sou cachorra, cachorro (e isso até explica muita coisa!), mas não sou gatinha...

Sou liberdade. Sou UNICAMP! Sou caipiroska de morango com kiwi. Sou bolo de chocolate e sou muito brigadeiro!

Sou natação e caminhada. Sou dança! Sou teatro.

Sou rosa, marrom, laranja, branco, preto, roxo...

Sou verão, Sou pôr do sol. Sou fotografia.

“A gente é o que a gente gosta”.

Sou Zeza, Lílian, Luna, Luciano, Grampola, Dalila, Jordana, Kellynha, Lúcia, Meninas da Pedago, Val, Bete, Magali, Claudinha... E às vezes sou até um pouquinho Mírian Lúcia...

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