Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

terça-feira, 31 de maio de 2011

Maio já está no final...

...
"E será inútil esforçar-se para esquecer - tudo o que um dia se misturou carregará consigo partículas do outro. Talvez venha o arrependimento, o recomeço, as cores voltem a brilhar como antes - mas não se pode contar com isso. Não se pode contar com nada. O único caminho viável é viver e correr o sagrado risco do acaso. E substituir o destino pela probabilidade."

Clarice Lispector

domingo, 29 de maio de 2011

E a saudade em mim agora...

... quanto tempo será que demora
1 mês pra passar...

E se eu pudesse voltar no tempo
Naquele abraço de 1 mês atrás
Ah ele seria mais demorado
Seria mais apertado
Olharia-te mais nos olhos
Diria-te outras coisas
Ou talvez não te dissesse nada...

"E eu continuo aqui
Com meu trabalho
e meus amigos
E me lembro de vc
Em dias assim
Dias de chuva
Dias de sol
E o que sinto
não sei dizer..."

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CONVERSAS COM O ESPELHO - PARTE 11


Talvez eu tenha exagerado com o Victor na minha crise de mulher desempregada. Ele se distanciou, não me olha mais nos olhos, está indiferente e usando da pior indiferença. Responde aos meus chamados, mas não como antes. Faz- se presente no silêncio da sua ausência.
Minhas lágrimas estão menos teatrais. Os problemas parecem mais reais agora e competir com a Branca de neve não faz mais muito sentido. Ela nunca aguentaria passar por tudo isso. Acho que foi nesse momento que ela comeu a tal maçã envenenada. Que bruxa, que nada. Aquilo foi é choque de realidade, a branquela não resistiu e dormiu até o príncipe chegar. E ao invés de beijo, ele deve ter lhe dito que os filhos já estavam cursando uma boa universidade, que ele já saíra da crise da andropausa, e que ela protagonizaria um espetáculo no Municipal de São Paulo. Só criança mesmo pra acreditar que aquele beijinho sonso tiraria alguém de um sono profundo.
Meu sonho de vida perfeita... Que patética! Filhos da universidade? Eu no Municipal... Ao menos, pelo jeito, eu quero o Victor ao meu lado, sem essa crise, sem esse olhar que eu não conheço mais, sem essa indiferença que me mortifica.
Mas se Victor se acha no direito de me tratar assim, de se sentir decepcionado com meu comportamento, sinto-me no mesmo direito! Afinal no pior momento da minha vida não encontrei nele aquele homem companheiro e paciente com quem eu decidi me casar.
Tenho medo que ele desconfie dessa reaparição... Mas também, não aconteceu nada. Foi um café! Um café e só! Eu precisava disso. Precisava senti-lo, quero dizer, sentir como seria reencontrá-lo depois de tanto tempo. Era uma história mal terminada, e eu preciso de ponto final. Foi muito estranho. Senti-me novamente com 20 e poucos anos, com aquela expectativa toda, aquele calafrio que percorre toda a espinha. Não sei como ele conseguiu meu telefone, ou será que depois de quase 15 anos ele ainda tinha esse número? Eu estava ociosa, as crianças na escola e então, não havia motivo para eu negar.
Aproveitei para fazer as unhas. Nude. Algo moderno, elegante e casual. Coloquei um vestido, mas algo bem despretensioso, uma sandália de salto, mas não muito alto. Básica. Vestuário digno de uma mulher segura de 40 anos. E por que é que minhas mãos não correspondiam a essa segurança tremendo descontroladamente? Respirei fundo, mantive as mãos firmes, passos largos e fui ao seu encontro. Ele já estava lá, sentado. Parecia muito tranqüilo mexendo em seu celular, pensei que podia estar disfarçando, ou será que já pensava em me ligar? Será que estava ansioso com meu atraso de 5 minutos?
Tudo correu muito cordialmente. Tentei parecer calma, mas não falsa. Não disfarcei minha surpresa querendo saber como ele havia conseguido meu contado. Disse-me que encontrou com a Guida e pediu a ela. E como foi que ela não me contou uma coisa dessas???, era só o que conseguia pensar nos 20 minutos seguintes. Foi normal e estranho. O reencontro entre duas pessoas que se conheciam profundamente, mas que verdadeiramente nunca se apresentaram inteiramente uma à outra.
Não sei exatamente o que senti. Foram tantos sentimentos e o maior deles, surpresa! Surpresa por ele me cobrar agora o porquê de eu ter “sumido”. Teve a pachorra de dizer que eu precisava ter dito ao menos um tchau, colocado um fim, se era isso que eu desejava. O que eu desejava... Devo ter ficado olhando nos olhos dele por uns 5 minutos, buscando meu discurso pronto de tantos anos. “Fim. A gente não tinha começo, meio e, portanto, não tinha no que por fim. Éramos duas pessoas que se propunham a um engano juntas. Um erro. Foi a isso que eu coloquei um fim e a você coube apenas não fazer nada, o que você cumpriu com muito êxito!...”

sexta-feira, 20 de maio de 2011

UM DIA VOCÊ APRENDE...


... que não importa em quantos
pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.

(William Shakespeare)


KEEP WALKING...

CARPE DIEM!

sábado, 14 de maio de 2011

LUTO

Uma vez um professor de literatura falou  que não importava o quão triste você estivesse. O quanto sua perda lhe fosse dolorida. O mundo continuaria do mesmo jeito. As padarias abririam. As crianças iriam para as escolas. Haveriam os mesmo carros nas ruas. Tantos que a falta de um passaria totalmente despercebida pela maioria. Pessoas bravas. Pessoas felizes. Pessoas nasceriam e mais outras morreriam...

Você olha ao seu redor e parece estar tudo do mesmo jeito. Você olha pra dentro e sabe que tudo mudou. Que nunca mais será do mesmo jeito...

Eu nunca vou entender como o mundo pode continuar do mesmo jeito enquanto eu desejo dar um stop em tudo e tentar entender. Buscar as respostas para tantos "Por quês?" e "E se...?".....


 "Quando eu lhe dizia,
Eu me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também


Só que você foi embora
Cedo demais..."

domingo, 8 de maio de 2011

Tédio do domingo à noite. Um mal já consagrado. Acho que é pior depois de dias festivos. Páscoa, dia das mães, dia dos pais, ou qualquer outra data que o comércio aproveita para lucrar mais.
No início é uma festa. Família reunida, aquela comilança, churrasco, macarronada, farofa, maionese, salada, frango assado, um pouco de tudo! Depois ainda vêm os doces: pudins, bolos, tortas... E tem ainda a criançada correndo, se batendo, chorando... Família!
A casa fica uma bagunça. Louça suja pra todo lado. Nessas datas são tiradas todas aquelas louças que não são usadas normalmente. Mas essa não é a pior parte. Não. O pior é o tédio que vem depois. Na TV, nada digno de se assistir, com sorte, um filme mais ou menos na TV fechada de quem não assina os telecines.
Vejo-me forçada a recorrer à internet. No meu computador encontro fotos de anos atrás. Ah esse mudo digital! Fotos nem tão antigas, mas distantes pela distância que deixaram. Distância de amigos, paqueras, baladas. Quantas histórias. O que era só tédio, torna-se também nostalgia.
Para acompanhar, músicas que regam de melancolia o momento. Coisas do tipo Roupa Nova, e umas nacionais que nem ouso citar... Não. Não conto para ninguém.
Algumas conversas no MSN. Tentativas de falar com gente que não falava há tempos também. E o celular vira uma arma. Começa a tentativa de ligações, mensagens... Pico do tédio, nostalgia e carência!
Penso em comer novamente para me distrair... Mas lembro da esteira e de como demorariam horas para eu gastar as calorias que comeria em poucos minutos!
Desisto de comer. Desisto do domingo. O tédio está instalado. Rendo-me ao sofá e a TV. Junto-me aos mortais que aguardam pela segundona e fantasticamente suportam os programas da TV aberta...

sábado, 7 de maio de 2011

E SE A CONVERSA FOSSE ASSIM???

Guida - Frida, e aí, como foi a noite com aquele gostoso de ontem?

Frida - Ah, Guida, foi bacana, mas acho que ele não é cara para se levar a sério não. Muito fácil, sabe? Acredita que saindo do bar, propus da gente ir num motel, ele até tentou se fazer de difícil, mas foi só jogar uma conversinha que ele caiu e lá fomos nós. Fiz o papel de mulher atenciosa, conversamos, parei para ouvi-lo, fui preparando o campo para deixá-lo mais a vontade...

Guida - E aí???? Rolou???

Frida - Rolou, lógico!!! Esses caras de hoje em dia andam muito fáceis.

Guida - É mesmo! Eu também saí com um cara outro dia. Ele até era bacana, mas bebia demais e depois ainda caia na pista pra dançar, falava com todo mundo, sei lá, acho que esse tipo de homem é muito saidinho... Legal pra curtir uma noite, mas também acho que não dá pra levar a sério...

Frida - É amiga, mas enquanto não encontramos o cara certo, vamos nos divertir com esses errados, não é mesmo?

Frida - Ah, com certeza!!!

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