Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SEM TÍTULO

Organizar as ideias não é tarefa fácil. Não para mim, pedagoga idealista, eterna insatisfeita e com ideias que transcendem minha capacidade de organização, que não é lá minha melhor habilidade.


Tenho 26 anos, já estou mais perto dos 30 que dos 20 e nem de longe vivo o que idealizava na ingenuidade da infância.


Pensava em casar com 24, quando, daquele ponto de vista, já seria muito adulta. Não fazia ideia no que trabalharia, mas “sabia” já estar trabalhando. Filhos? Já estaria me preparando para o segundo e hoje não sei nem se quero embarcar no primeiro...


Tenho quase 30 e a fragilidade de alguém com quase 3. Vejo minha sobrinha, com 2 anos recém completos, e a percebo mais destemida que eu. Fico olhando-a no auge de sua inocência e pensando em tudo que ela terá que enfrentar... Tomara que seus caminhos sejam mais fáceis, é o que sempre desejo...


Não, não foi tão difícil, mas nem sempre fácil. Muitas pedras no caminho e com o tempo não é mais possível chutá-las. Contorná-las é sempre um caminho árduo.


Ambição? Tenho. Não é financeira. Quer dizer, financeiramente quero apenas o suficiente para ter uma vida legal – e para mim isso não custa muito caro – e poder viajar no réveillon... Mas como uma eterna insatisfeita, quero sempre mais. Quero novas conquistas, quero sentir orgulho de mim mesma, trilhar um caminho e “ser alguém”... seja lá o que isso signifique...


Se eu pudesse me definir em uma só palavra, essa seria "indefinição". E apesar de tudo que isso me causa, acho bom. Porque nada é definitivo. Os empregos se vão, grandes amores acabam, a juventude perde o vigor, a velhice retoma a infância... Ciclos!


Vivo o meu intensamente tentando seguir o lema dos AA - "Um dia de cada vez". CARPE DIEM!


"E se eu pudesser dar alguma dica sobre o futuro, seria essa... Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade e entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons...”


domingo, 26 de setembro de 2010

RESILIÊNCIA

“Habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir,
lidar e reagir de modo positivo em situações adversas.

ODISSEIA DO "BANDEJÃO"!

Cardápio on line: Kibe! Muito bom!!!
Como tudo na vida há dois lados, cardápio bom significa uma fila interminável. Sim, interminável porque não existe a brecha dos horários mais livres. Dá até preguiça de comer, mas é kibe, né? Então, coragem, vamos lá!
Primeira fila, carregar o cartão. 5 minutinhos. GOOOOOD!


Segunda fila, ainda fora do “bandejão”, uma fila pra chegar até a catraca, onde vc passa o C.U. pra comer. + uns 10 minutinhos – isso porque estava num horário + sussa.


Aí tem a fila da passarela, na verdade nesse momento formam-se duas filas, você tem que optar! Vou pela direita porque dá para ver todo o “bandejão”. Aí vão mais uns 3 ou 5 minutinhos talvez. Então você desce por uma rampa, e se escolheu a fila da direita, de onde já dá pra ver se tem alguém interessante “bandejando” pode optar em ir pela esquerda ou direita para ser servido. Pega uma bandeja, dá uma conferida para ver se está tudo ok, tipo, se não tem nenhum objeto não identificado e segue com a sua bandejão no trilho – ordens “bandejísticas” – e vai sendo servido com feijão, arroz, DOIS KIBES, creme de milho, laranja e pão, caso queira.


Enfrenta mais uma filinha pra pegar os talheres e nessa hora é bom também conferir se os garfos não estão muito tortos. A pior parte já passou. Agora você pode ficar a vontade e se servir com + arroz, feijão, tem também arroz integral (minha opção!), proteína de soja triturada e salada. Tudo “a La vonté”.


Escolhe um lugar, que segundo algumas pessoas estão divididos por áreas do conhecimento, e nessa descobri que eu acabo ficando sempre na parte das engenharias, mas acredito que seja uma área próxima das humanas. E aí você pode se servir de suco ou chá gelado. (Leve sua caneca!!! Tem copo plástico, mas vamos ajudar o meio ambiente!!!)


BOM APETITE!




















O “bandejão” é o lugar mais democrático da universidade. Comida a R$2, e gente de todos os cursos, de todas as partes do Brasil, da América do Sul e quiçá do mundo, então é hora de ser simpática e fazer amizades!


Depois de saborear as delícias do bandex e fazer um social, hora de ir embora. Só sair, certo? Errado! O esquema fordista com apenas uma esteira que recolhe as bandejas está ficando sobrecarregado e então, às vezes, acontece um acúmulo de bandejas e se forma mais uma filinha... Nada que demore mais que 5 minutinhos também.


A saída é muito divertida. Sempre tem uma galerinha divulgando festas e vale tudo. Fantasia, bateria, carro de som, flyers, gritaria. Um vuco vuco!!! Adoro!


Depois disso tudo, geralmente é hora de ir pra aula, mas se for quarta ou quinta feira, rola ainda um docinho e um social na feirinha do Ciclo Básico...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

CONVERSAS COM O ESPELHO - PARTE 4

PARTE 1

Resolvi me pesar hoje. 2 quilos mais gorda! Não adianta ficar aí, como quem diz, eu estava te mostrando! E quanto mais gorda, mais vontade de comer, parece que meu estômago dilatou e tenho a sensação de que comeria o mundo aos bocados!

O que? Se estou triste? Não. Nem triste, nem feliz. Outro dia o Victor me chamou de apática porque disse que ele poderia escolher os sabores da pizza. Então eu sou apática porque ele não consegue mais fazer isso sozinho?!?!?!?!?!?!

Mas talvez ele tenha razão. Não pela pizza, óbvio. Mas eu engatei mesmo uma 5ª marcha na vida e tenho percorrido por muita coisa sem perceber e esquecer uma reunião de pais me fez ligar o alerta vermelho. Que tipo de mãe esquece a reunião de um filho, me diz? Não, não me diz! Meu terapeuta veio com uma história de ato falho. Disse que esqueci pela necessidade de tirar umas férias para mim. Tive vontade de mandá-lo a merda! Aquele olhar de “hummm, fale mais sobre isso”, como se fosse capaz de interpretar tudo.

Ah é, ñ tinha te dito, né? Estou visitando um terapeuta regularmente! Deveria ter escolhido fazer academia ao invés de terapia, mas apoiada pelo “Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade” lá fui eu encarar um psicoterapeuta. Conselho da Guida que acha que eu preciso colocar as ideias no lugar para passar por essa crise que se instaurou na minha vida. E então descobri que minhas amigas acham que estou em crise. Ótimo.


O que eu achei de lá? Achei tudo muito esquisito, lógico. Sim, fui de óculos escuros e uma roupa que não costumo usar muito para não ser reconhecida no caso de encontrar mais alguém que tenha recorrido a conselhos freudianos. Não sei se gostei, mas saí um tanto quanto mais confusa do que entrei, e cheguei a conclusão de que se a terapia não me enlouquecer, eu saio dessa “crise” em que todos resolveram me colocar!

Pele opaca e manchinhas, adeus! Amanhã vocês serão varridas desse rostinho. Pois é, vou experimental o tal do peeling. “Peeling, eu? Nunca!” Quanta incoerência!



Quer saber? Estou me dando o direito de ser incoerente. Sim. Sempre fui muito certinha. Segui rigorosamente a todos os clichês socialmente aceitos. Até apaixonada por professor no colegial eu fui. Me achava muito malandrona, e hoje não consigo pensar em nada mais piegas pra idade.


Ao menos a minha crise conjugal não aconteceu no fatídico 7º ano de casada. Às vésperas de bodas de pérola, temo que completar dez anos seja mais difícil que completar sete, como dizem.

Sim, Victor é um cara bacana, não tenho dúvida. Bom marido, até onde sei. Ótimo pai. E só por isso já valeu a pena. Mas já que resolveram me colocar numa crise, talvez eu esteja em crise com os clichês, que sempre detestei. Buquê de rosas vermelhas! Nãããão! Sou mais florzinhas colhidas pela rua com bilhetinho romântico no estilo Domingos de Oliveira. E como depois de dez anos ele ainda não sacou isso?


Isso sem contar nos pães moreninhos. Às vezes acho que ele faz pra me irritar. Nos bons momentos ele diz que fico linda irritada. Acho bonitinho quando ele fala isso. Mas fico enlouquecida em como ele é capaz de me irritar!

Sabe que estou me acostumando com as luzes. Já pensei até em retocá-las. Ou, de repente, tentar o loiro mesmo. Essa ideia ainda transita na minha cabeça em crise. Quem sabe para comemorar as bodas de pérola. Se chegarmos lá...

Victor tem grandes planos. Diz que quer fazer uma segunda Lua de Mel. E talvez seja disso que eu tenha medo. De me ver ali com ele novamente, como um casal com o compromisso de se amar por uma semana e mais nada. Pauta para a próxima terapia.

sábado, 4 de setembro de 2010

3/4 DE ANO


E começou setembro...

E pra quem disse que 2010 prometia...


É, já começo a pensar num balanço final, faltando ainda 4 meses para o final de mais um ano...


Mas começa setembro, e o sol volta a raiar mais forte, as roupas voltam a ficar mais curtas, as plantas começam a florir e já já é primavera de novo!

Enquanto isso, caminho com a cabeça a milhão numa disciplina de estatística para pesquisa em Ciências Sociais!!! Aprender? Não tenho grandes pretensões, mas tem sido muito divertido!

Tenho também revisitado as Teorias sobre Ensino Superior e como me cativam!!! E tem também as Atividades Programas de Pesquisa com meus colegas doutorandos, e minha querida orientadora, muito chique! Rs. Adoro!

Também caminho para me tornar oficialmente, porque no Brasil o que regula isso é só um papel, uma especialista em Educação em Saúde, e tomara que isso me traga bons frutos!!!

Em outubro tem Anped em Caxambu, COBEM em Goiânia...

É, talvez seja cedo mesmo pra balancear o ano... em quatro meses muita água ainda vai rolar, e tomara que tudo só melhore!!!

Quero coisas novas. Gente nova. Novos lugares. Quero poder dizer mais uma vez – É tudo novo de novo, e nem vem que não tem, eu desse jeito vou botar pra quebrar!

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