Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TECNOLOGIA

Gosto muito! Computador, internet, celular, mp3, 4, 5, 6 7...
Acontece que – penso eu – o homem vem se perdendo diante das tantas parafernálias tecnológicas.

Sabe lá o que é morar numa casa com 10 pessoas e a comunicação acontecer por e-mail e MSN? Sinto que as pessoas estão perdendo a habilidade de dialogar.

Me assustei um pouco com a nova realidade das repúblicas. No meu tempo de graduação – e não faz tanto tempo assim! – computador em casa era luxo, com internet então!... É verdade que enfrentávamos alguns perrengues, mas entre prós e contras, do ponto de vista social, os prós ganhavam em disparada. Altas conversas, passeios, filmes... Olho no olho, sabe? Ah! Bons tempos!

"No ano 3000
os homens já vão ter
se cansado de máquinas
e as casas serão novamente românticas.
O tempo vai ser usado sem pressa:
Gerânios enfeitarão as janelas,
Amigos escreverão longas cartas.
Cientistas inventarão novamente
o bonde, a charrete.
Pianos de cauda encherão as tardes de música
E a Terra flutuará no céu
muito mais leve, muito mais leve."

Roseana Kligerman Murray

segunda-feira, 17 de maio de 2010

GREVE

Movimento previsto por Lei para que funcionários tenham voz ativa em decisões sobre os interesses que possam por meio dele defender.

Entra ano, sai ano e geralmente nessa época – maio – alguns institutos e faculdades das Universidades Estaduais Paulistas param – greve!

Não sou contra. Mas a essa altura do “jogo” fico pensando o quão eficaz é uma greve no sistema que impera.

Posso falar um pouco da realidade da Unicamp. Quem faz o movimento acontecer são, geralmente, os institutos e faculdades “de humanas”. Já ouvi uma história – parece lenda! – de que houve uma greve que as engenharias e a medicina também pararam, mas há 7 anos na Unicamp, venho presenciando greves sempre muito parecidas. Paralisação de um dia, paralisação de dois dias... e IFCH, IA, IEL e FE entram em greve. Virou rotina.

O que me intriga é, até que ponto a greve, como movimento anual, tem potencial de alcançar as reivindicações dos trabalhadores. Penso ser chegado o momento de outro plano estratégico. Qual? Como?

Esse ano há diferenças. Hoje o restaurante universitário, vulgo bandejão, fora fechado! Em 7 anos de Unicamp nunca vi uma greve que chegasse a esse ponto!

Agora a discussão ganha quórum! Falando bem, ou falando mal, está se falando da greve! Não sei se é o certo. O que sei é que agora o movimento será notado também pelos que o criticam sob o amparo fiscal privado.

Sim, eu quero que o “bandejão” reabra em breve, mas quero mais. Quero direitos iguais entre professores e funcionários. Quero uma Universidade Pública de qualidade capaz de educar cidadãos críticos e competentes para atuar profissional e socialmente. Quero menos alienação. Quero mais vontade política...

Já cantavam os Titãs – “a gente não quer só comida”!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

É de chorar que a juventude já tenha se rendido ao sistema...

Vai ver, está tudo perdido mesmo...
Homem primata, capitalismo selvagem...

Isso muito me entristece... Me indigna! Me enlouquece...
Vivo eu, uma utopia sozinha?
Perdida na selva da pedra...

07/01/2010

Está difícil de engolir esse sapo!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

DIA DAS MÃES

Que dia é esse?!?!?

Há diversas explicações para o início dessa comemoração. A mais antiga é mitológica – na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Há registro também do início de Século XVII na Inglaterra, onde o 4º domingo da Quaresma era dedicado às mães das operárias inglesas – “Mothering Day”. As maiores incidências são de que a comemoração inicou-se no Século XX nos Estados Unidos, com Anna Jarvis que, em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. A data foi oficializada em 1914.

No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Há quem diga que Dia das Mães é todo dia. Concordo.

É todo dia que vejo no olhar da minha mãe uma admiração que até me assusta! É todo dia que ela está lá pra me ouvir, pra rir comigo, e até de mim, porque sabe que quero me fazer engraçada. É todo dia que ela acredita em mim de um jeito tal, que faz com que eu acabe acreditando também...

Mas nós, filhos, na correria do dia-a-dia, por estarmos acostumados com essas atitudes cotidianas, muitas vezes, nos esquecemos de grandiosidade do amor dessa mulher maravilhosa, daí então, percebo muita pertinência em ter um dia pra Ela!

Ela que nos carregou por 9 meses, se propondo a engordar e a passar por dores terríveis para que estivéssemos nesse mundão. Ela que se propôs a ser mãe de uma criança desconhecida. Ela que acordou noites e noites para nos olhar dormindo. Ela que ficou noites sem dormir esperando que chegássemos de madrugada. Ela que se emocionou e se orgulhou na nossa formatura, até mesmo a da educação infantil. Ela sempre Ela, sempre presente, mesmo de longe...

Esse dia é um puxão de orelha para nós, os filhos, para que nos lembremos da generosidade de Deus em nos dar uma Mãe. A data perde o seu sentido quando se resume num consumismo quase irracional que agrada ao comércio mais que a Ela – às vezes presenteada com jogo de panelas... A minha mãe merece mais! Merece minha admiração, meu amor, meu respeito, minha determinação e alegria por viver... Dentro disso, ela receberá alguma coisa que, simbolicamente, represente “como é grande meu amor”...
Ah as mães... “Mãe é tudo igual!” Sim, apesar da peculiaridade de cada uma, todãs são "A mais Linda!", "A mais Especial!", "A Melhor!".
A todas as mães, e em especial à MINHA MÃE,

FELIZ DIA DAS MÃES – QUE É TODO DIA!

terça-feira, 4 de maio de 2010

ESCOLA: BEM PÚBLICO. PRA QUEM?


A educação perpassa por toda a vida de nós, seres humanos. É pela educação que nos constituímos como tais. Está aí a distinção entre educação e ensino. É por meio dos ensinamentos que somos educados. A escola, institucionalização do ensino, surge para moldar a educação. É na escola, reprodutora da sociedade, que se aprende as relações de poder e instaura-se a cultura vigente na sociedade. É um processo histórico, no qual a escola vem servindo ao sistema longinquamente e, apesar do discurso de mudança, permanece.

As escolas públicas, hoje desacreditadas por seus inúmeros problemas, parecem não ter solução. A sociedade legitima essa idéia no discurso de que lá estão professores e alunos que não querem nada com nada. Ora, ainda que haja pessoas desmotivadas, há de haver algum querer nesse espaço e também um não querer. A sociedade não entende que as “lutas” que lá acontecem são uma reação da massa que não quer mais ser tratada como depósito de uma cultura elitizada que a ela não faz sentido. É uma “luta” para legitimação de uma outra cultura, a cultura da massa, dessa maioria que o poder público tenta esmagar com a desqualificação da escola como uma instituição de formação para cidadania crítica e emancipação.

Nesse cenário surge a escola particular, salvação para a classe média, que pode se alocar num local mais confortável, longe dos “baderneiros”. Que o preço seja a alienação do poder do dinheiro. Até quando aceitaremos, digo aceitaremos porque também faço parte dessa classe média que recorre(u) à escola particular, pagarmos duas vezes por um serviço que deve ser um bem público com qualidade? Que tipo de valores passamos às crianças e à sociedade quando nos colocamos a par do problema com o poder do que o dinheiro pode comprar?

Comprar educação? Compra-se um ensino, que também nem sempre é de qualidade. Aliás qualidade é o discurso das instituições particulares de ensino. Que qualidade? Qualidade para quem? Qualidade que transforma nossas crianças em soldadinhos aptos para o vestibular? Qualidade para produzir reprodutores de um sistema instituído, em que muitos foram, são e serão excluídos?

A escola particular é a melhor representação de serviço ao sistema. Coloca-se à venda um produto e entra-se numa guerra de marketing para “abduzir” alunos a qualquer preço. Muitas se esquecem do que estão a oferecer, pautando-se em discursos mercadológicos neoliberais e apresentando estruturas “McDonalizadas”. Algumas já apresentam o “drive-thru” de crianças. Os pais não precisam se preocupar mais em parar, conversar com os professores dos seus filhos, dar um abraço, olhar nos olhos de suas crianças e perguntar-lhes como foi seu dia, basta acessar com o carro por uma rampa, e a criança é depositada no carro.

Quero esclarecer que não sou contra a escola particular que cumpre com o seu dever de instituição idealizada para uma Educação crítica e emancipadora. Que esteja tranqüila com o cumprimento de seu dever social como instituição educacional e possa resolver com serenidade os problemas que a abate dentro de uma concepção educativa e não mercadológica.
 
Que a escola seja uma instituição de ensino, mas ela deve apresentar como objetivo final a Educação, a qual é abrangente, tem o poder de formar o homem como um cidadão crítico, capaz de pensar por si só, ser atuante, de não contentar-se com políticas públicas que lhe garanta sobreviver. É preciso viver!




segunda-feira, 3 de maio de 2010

FILTRO SOLAR

Sempre que estou muito perdida, volto a ouvir “Filtro Solar” na voz do nosso “guerreiro” Pedro Bial... Nessa hora eu esqueço que ele apresenta BBB e fico só com a ideia de que ele noticiou a Queda do Muro de Berlin.

Eu ainda não entendo a beleza e o poder da juventude, e já estou meio que saindo dela... Será que entenderei em breve?

Preocupo-me com o futuro. Muito!

Muita coisa me mete medo, de verdade!
CANTO!

Lembro-me dos elogios, mas também das ofensas...
Cartas de amor?!?!?

Já me preocupo com os joelhos...
Do futuro, não sei nada! Casar, ter filhos, divorciar, dançar ciranda nas bodas de diamante...

DANÇO!
Conselho? “Dedique-se a conhecer os seus pais, é impossível prever quando eles terão ido embora de vez... Seja legal com seus irmãos, eles são a maior ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.”

domingo, 2 de maio de 2010

Estava ontem no shopping, praça de alimentação, e próxima a sete garotas aparentando idade entre 12 - 14 anos. Todas muito bem arrumadas, salto, chapinha, maquiagem, bolsas, fotos na máquina digital e lanches do Mc Donalds.
Depois de muitas fotos, risadas e aquele papinho adolescente, todas saem e largam suas bandejas com seus restos de batatas e refrigerantes. Sete bandejas com seus restos deixados para trás!!!
A indignação é dupla, primeiro porque sobrou muita batata!!! Depois pela falta de educação – o que já começa a ser expressado pelo desperdício de comida – em deixar tudo ali, como “madaminhas” acostumadas com suas criadas que arrumam tudo por onde passam. E lá vão elas, dar voltas e voltas no shopping, até que seus pais venham buscá-las e as levem em segurança para casa.
Logo em seguida, é a vez de dois adolescentes que estavam na mesa ao lado. Fizeram a mesma coisa com seus restos de Habbibs. Um ainda chegou a pegar a bandeja, mas o outro “malandrão” dizia: “deixa aí, deixa aí, cara!” e para não decepcionar o amigo, deixou. Lá ficou mais uma bandeja!
Fico pensando no tipo de valores que esses adolescentes tem. Que a idade é de provação entre os pares, todo mundo sabe. Mas a questão aqui colocada é de Educação. Aquela que tem que vir de berço. Que deve educar as crianças para viverem em sociedade, compreendendo que a liberdade termina quando atinge a do outro. Que vai aos poucos tirando a criança daquele egocentrismo e apresenta-o para uma realidade plural que deve ter como base o RESPEITO!
Que as madaminhas e malandrões sejam acostumadas com os paparicos domésticos, ok para eles! Mas esses mesmos paparicos deviam prepará-los também para viver num mundo que vai além do próprio umbigo, não?!?!?

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