E lá se foi um semestre.
Semestre de poucas
palavras por aqui. Só por aqui.
Vida profissional a todo
vapor. E de repente eu era a nova diretora do Colégio no
qual fui aluna há mais de dez anos... Então eu passei da vida [quase] pacata
das segundas free, às manhãs agitadas
como diretora/coordenadora/professora... Era muito “ora” pra uma pessoa só...
Tinha ainda a tutoria do
EVC, uma turma nova, a terceira!!! E mais novidades e mais responsabilidades.
É, eu estou mesmo no mundo de “gente grande”. Parece que não dá mais pra fugir.
Medo, ansiedade e
insegurança são apenas algumas poucas palavras que descrevem o furacão na qual
me vi colocada. Palavras que me paralisaram tantas vezes, mas não as mais
importantes. Jamais.
Amor. Amizade. Alegria. Esperança. Aprendizagem.
Desafios. Essas sim são palavras que encheram meus dias. Fora os leões que teimavam em me atacar constantemente. E foi quase um
por dia... as vezes era só um filhotinho, e aí com muito carinho e compreensão
as coisas iam se ajeitando. As vezes era um leão velho, bravo e era preciso ir
com tudo pra cima. E eu fui. Mesmo morrendo de medo.
E lá se foi agosto,
setembro, outubro, novembro... coração apertado. Dizer tchau pra tudo de bonito
que se construiu nunca é tarefa fácil. Esta não foi menos difícil.
Diminuímos
a dor do até logo com abraços apertados e lágrimas que teimavam em escapar para
dizer que valeu a pena!
Minhas manhãs nunca mais
serão as mesmas... Conviver com a alegria e a esperteza que insistimos em tentar
podar com a objetividade fria do mundo adulto é o que há de mais rico neste
mundo. É por isso que estou com Gonzaguinha, “eu fico com a pureza da
resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita.”