Portugal foi o país em que passei por duas cidades. Já tinha caminhado por Lisboa antes e depois de Cabo Verde e agora era a vez de conhecer um pouquinho, bem pouquinho, de Porto!
Desembarquei em Porto por volta das 10 horas do dia 17 de janeiro. Eu tinha 10 horas pra curtir um pouco da cidade até o meu próximo voo... Guardei as malas no aeroporto, metrô e lá estava eu num centro com ruinhas em que andei meio sem rumo só contemplando.
Porto foi uma grata surpresa de paisagens lindas, mas que preciso voltar para poder contar um pouco mais...
Difícil foi chegar em Lisboa, ou melhor no Hostel de Lisboa. Celular sem bateria e eu com apenas o nome do Hostel. Foram horas - e não é uma hipérbole! - de caminhadas e por um certo momento, de um desespero após caminhar pelo Bairro Alto - que não tem esse nome à toa - por horas com mala e mochila, andando em círculos, ou não, subindo e descendo ladeiras e a certeza, horas depois, de que ficaria perdida ali para sempre e viraria lenda. "tá vendo aquela senhora puxando a mala rasgada? Dizem que chegou aqui ainda jovem, se perdeu e nunca mais saiu daqui. Desde então roda pelo bairro..." Depois de duas horas - e, repito, não é uma hipérbole! - e várias gentilezas pelo caminho, encontrei o Hostel. Parecia milagre! Eu putíssima, mas grata por ter, finalmente chegado. Estava, finalmente, no meu último destino.
No outro dia pela manhã, até tentei sair sozinha, mas desisti daquele bairro, o verdadeiro mundo de Nárnia, não sei se crianças viram reis e rainhas, mas que se corre o risco de ficar ali pra sempre, isso corre!
Juntei-me à turma pra não largar mais. Não sairia de perto do Rafa - nossa Branca de Neve! - nunca mais! Andamos meio com rumo sem rumo num dia de comida boa, risadas de quem sabe que bom mesmo é aproveitar o caminho!
O verdadeiro bacalhau português, com vinho!!! |
Depois desse pôr do sol lindo, regado a uma cerveja vermelha, fomos para o Hostel onde encaramos uma caça aos patos que nos presenteou com tequila para aquecer a noite. Uma noite que deveria ser de vinho e fado, sussa.
Teve caça aos patos! |
Porque eu adoro fotos espontâneas |
Mas como tequila (e mais uns litros de caipirinha de vodka preta) é uma bebida que cobra caro, não teve fado. A noite rolou mesmo num barzinho cool que começou tocando Daniela mercury, com velinhas na mesa e amendoin free, onde conhecemos um casal de primos brasileiros (ele mora na Alemanha) e depois de umas caipirinhas, estávamos todos em pé curtindo a noite mais maluca da viagem... E era só pra ser um fado com vinho, sussa...
No outro dia era só história - muitas! - risadas e ressaca das bravas. Mas era o último dia em terras estrangeiras. Arrumei forças uterinas e fomos a Cascais onde nos demos o luxo de uma comida indiana das boas! Do mais, um passeio meio devagar, sem pique até mesmo para muitas fotos. Também não teve foto dos pasteizinhos de Belém - que são, de fato, uma delícia! Mas há lembranças, muitas, dessa viagem que me transformou de uma maneira que talvez eu ainda não tenha a noção exata.
Valeu a pena cada segundo. eu não faria nada diferente. Até as subidas e descidas no morro alto, sozinha, de madrugada, são histórias que guardo no ❤ com carinho, alegria e gratidão por ter tido o privilégio de viver.
De Cabo Verde à Europa, foram 3 meses longe de casa, conhecendo gente nova, arriscando conversar numa nova língua, vendo a cada momento coisas pela primeira vez e me encantando, me renovando e tendo a certeza de que eu nunca mais seria a mesma. Deixei um pedacinho de mim em cada lugar por onde passei e levo muito de cada coisa que vi por cada lugar em que estive: Praia, Tarrafal, Lisboa, Paris, Londres, Roma, Barcelona, Porto e Lisboa... foram dias incríveis!
Incríveis no sentido mais original da palavra, porque eu agora olhos para as fotos e parece mentira, mas o coração sabe que foi verdade, e que valeu a pena! ❤
As fotos nas estações de trem/metro ❤ |