Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

sexta-feira, 31 de março de 2017

De quando eu conheci a Europa: Portugal


Portugal foi o país em que passei por duas cidades. Já tinha caminhado por Lisboa antes e depois de Cabo Verde e agora era a vez de conhecer um pouquinho, bem pouquinho, de Porto!
Desembarquei em Porto por volta das 10 horas do dia 17 de janeiro. Eu tinha 10 horas pra curtir um pouco da cidade até o meu próximo voo... Guardei as malas no aeroporto, metrô e lá estava eu num centro com ruinhas em que andei meio sem rumo só contemplando.









Porto foi uma grata surpresa de paisagens lindas, mas que preciso voltar para poder contar um pouco mais...

Difícil foi chegar em Lisboa, ou melhor no Hostel de Lisboa. Celular sem bateria e eu com apenas o nome do Hostel. Foram horas - e não é uma hipérbole! - de caminhadas e por um certo momento, de um desespero após caminhar pelo Bairro Alto - que não tem esse nome à toa - por horas com mala e mochila, andando em círculos, ou não, subindo e descendo ladeiras e a certeza, horas depois, de que ficaria perdida ali para sempre e viraria lenda. "tá vendo aquela senhora puxando a mala rasgada? Dizem que chegou aqui ainda jovem, se perdeu e nunca mais saiu daqui. Desde então roda pelo bairro..." Depois de duas horas - e, repito, não é uma hipérbole! - e várias gentilezas pelo caminho, encontrei o Hostel. Parecia milagre! Eu putíssima, mas grata por ter, finalmente chegado. Estava, finalmente, no meu último destino.

No outro dia pela manhã, até tentei sair sozinha, mas desisti daquele bairro, o verdadeiro mundo de Nárnia, não sei se crianças viram reis e rainhas, mas que se corre o risco de ficar ali pra sempre, isso corre!

Juntei-me à turma pra não largar mais. Não sairia de perto do Rafa - nossa Branca de Neve! - nunca mais! Andamos meio com rumo sem rumo num dia de comida boa, risadas de quem sabe que bom mesmo é aproveitar o caminho!


O verdadeiro bacalhau português, com vinho!!! 







Depois desse pôr do sol lindo, regado a uma cerveja vermelha, fomos para o Hostel onde encaramos uma caça aos patos que nos presenteou com tequila para aquecer a noite. Uma noite que deveria ser de vinho e fado, sussa.
Teve caça aos patos!


Porque eu adoro fotos espontâneas



Mas como tequila (e mais uns litros de caipirinha de vodka preta) é uma bebida que cobra caro, não teve fado. A noite rolou mesmo num barzinho cool que começou tocando Daniela mercury, com velinhas na mesa e amendoin free, onde conhecemos um casal de primos brasileiros (ele mora na Alemanha) e depois de umas caipirinhas, estávamos todos em pé curtindo a noite mais maluca da viagem... E era só pra ser um fado com vinho, sussa...


No outro dia era só história - muitas! - risadas e ressaca das bravas. Mas era o último dia em terras estrangeiras. Arrumei forças uterinas e fomos a Cascais onde nos demos o luxo de uma comida indiana das boas! Do mais, um passeio meio devagar, sem pique até mesmo para muitas fotos. Também não teve foto dos pasteizinhos de Belém - que são, de fato, uma delícia! Mas há lembranças, muitas, dessa viagem que me transformou de uma maneira que talvez eu ainda não tenha a noção exata.




Valeu a pena cada segundo. eu não faria nada diferente. Até as subidas e descidas no morro alto, sozinha, de madrugada, são histórias que guardo no ❤ com carinho, alegria e gratidão por ter tido o privilégio de viver.

De Cabo Verde à Europa, foram 3 meses longe de casa, conhecendo gente nova, arriscando conversar numa nova língua, vendo a cada momento coisas pela primeira vez e me encantando, me renovando e tendo a certeza de que eu nunca mais seria a mesma. Deixei um pedacinho de mim em cada lugar por onde passei e levo muito de cada coisa que vi por cada lugar em que estive: Praia, Tarrafal, Lisboa, Paris, Londres, Roma, Barcelona, Porto e Lisboa... foram dias incríveis!
Incríveis no sentido mais original da palavra, porque eu agora olhos para as fotos e parece mentira, mas o coração sabe que foi verdade, e que valeu a pena! ❤

As fotos nas estações de trem/metro ❤


quarta-feira, 15 de março de 2017

De quando eu conheci a Europa - Barcelona

Barcelona, mi amor! 💛

E já faz quase dois meses que aterrissei de volta em terras brasileiras. Olho as fotos e ainda não posso acreditar no privilégio que foi conhecer 6 países em 3 meses... Voltar à vida real é caminho difícil ao se deparar com os problemas, a vida a se resolver e as fotos trazem de volta o sonho vivido num sopetão de felicidade.

 
Chegando... 

Barcelona (Espanha) foi a maior surpresa da viagem. Eu que, na minha ignorância, não esperava nada, fiquei deslumbrada com a cidade que encanta com seus prédios históricos em meio a uma cidade cosmopolita, parques, basílicas - a sagrada família! - e ainda tem praia! Ah, o mediterrâneo! ♡ Como não amar?!?
Paella, com vinho branco! - o primeiro jantar 

Foi em Barcelona que eu me perdi às 2h da manhã após vinhos e muita conversa boa com a Linn - a carioca de Roma! Caminhei em direção oposta ao hostel, certa de que sabia o que estava fazendo, lógico, e quando me dei conta que estava do outro lado, só me distanciando do hostel cada vez mais, pensei ser mais esperto ir de metrô. Mas qual linha? Qual direção? Devo ter entrado nuns 4 ou 5 trens, rodado a cidade, e foi na tentativa e erro que encontrei meu hostel. Ufa! 


Dia seguinte foi de conhecer, sem muita expectativa, a Basílica Sagrada Família... Minha deusa!!!! O que é essa construção?!? Das obras arquitetônicas mais incríveis que já vi! Detalhes e uma grandiosidade impossível de serem descritas. Linda! Linda! Linda! Tudo pela bagatela de 16 euros com carteirinha de estudante! ;)

Frente da Basílica Sagrada Família

Dentro da Basília, olha o teto!!! 

Atrás da Basílica 


Google Maps em mãos e caminhei até o Arco do Triunfo. Ali pertinho mesmo comi uma comida árabe beeem gostosa e a preço justo. Saladinha, falafael e anéis de lula... Nham!!!


Eu tinha só dois dias para rodar e conhecer o máximo possível de Barcalona, então foi caminhada que não tive fim... Passei o arco do triunfo e, sem querer, encontrei o "Parc de La Ciutadella". Era domingo e estava cheio de jovens aproveitando o dia lindo de céu azul das mais diversas maneiras: malabaris, violão, pic nics... Passeio com dogs, famílias... Barcelona foi um lugar onde vi muita gente com cachorro! Como não amar?

Parc de La Ciutadela - meu cabelo estava sempre ótimo! rs



Sim, eu subi no mamute! Não sem a ajuda de um cavaleiro que me viu tentar - sem sucesso - sentar na tromba do mamute (o que apenas as crianças faziam, pois eram colocadas por seus pais). Já havia pedido a foto para um casal simpático e o homem não exitou em me ajudar - me jogando pra cima da tromba como um pesado saco de batatas - eu tentei declinar da ideia, mas ele insistiu já me pegando pelas pernas... Só me restou curtir e sorrir pra foto! Clic!


Parece uma mistura de repolho com alface crespa, mas é uma flor, linda! 
 Segui na caminhada após contemplar todo o Parque, sim eu teria ficado mais tempo lá. Estava sozinha, mas era bom contemplar as pessoas, as músicas diversas que ecoavam dos grupos diversos, os cachorros com seus donos... Mas como o fim do papel higiênico, a viagem estava chegando no fim cada vez mais rápido e eu queria aproveitar cada segundo. Acabei no Museu do Picasso, onde encarei uma fila de mais de 1 hora porque aos domingo a entrada é FREE. Antes de saber que nada poderia ser fotografado (até a Monalisa pode ser fotografada, gente!!) consegui a façanha de fotografas essa escultura de Jacques Lipchitz.


 Já cansada de tanta pintura (sinto em dizer que as artes plásticas, não são o meu forte, embora ame as esculturas populares, africanas e as namoradeiras baianas!) segui para o Bairro Gótico e me deparei com a Catedral de Barcelona. Pena meu celular (saudades) não fazer fotos bacanas no escuro...

Catedral de Barcelona

Neste dia ainda tentei encontrar o mar, mas comecei a me perder em uns bairros desertos, e, já cansada, desisti. Decidi que deixaria o mar para o dia seguinte. Terminei o dia com o melhor hambúrguer com batata rústica e cerveja artesanal da vida!

Bacoa Little - melhor hambúrguer!!! 
Comecei o dia seguinte com o Parc Gwell onde também há algumas construções do Gaudi (A Sagrada Família é uma obra do Gaudi!) e tem uma vista linda!! Foi lá que conheci a Cássia, uma portuguesa que me deu dicas sobre o que fazer na breve passagem que faria por Porto (Portugal).



LA Salamandra

Parc Guell

Eu e a Cássia


Morro das Três Cruzes
 Depois do Parc, metrô, mais um pouco de caminhada, e a praia!!!!! Sim, eu já pise no mar mediterrâneio, literalmente! ❤

La Barceloneta ❤



Sim, eu pisei no mar mediterrâneo, de bota e tudo! ❤


Torre Agbar
 O último dia foi assim: caminhei, caminhei, caminhei... Perdi tempo nuns caminhos que foram do nada a lugar nenhum, encontrei uma loja com coisas fofas, que tem uma vaca em tamanho natural na porta, onde passei mais tempo que devia e comprei anel, brinco, pulseira e brinquedinho pras sobrinhas. Andei pela Las Ramblas, a avenida famosa por concentrar muitos artistas de rua, restaurantes e lojinhas de souvenir. Subi, desci, fiquei sem rumo, só apreciando, grata por tudo que estava vivendo... Ansiosa pro próximo destino, mas também querendo que o tempo perdesse a pressa um pouco e demorasse a passar, muito, pois eu estava há só há 4 dias de embarcar de volta pro Brasil e se um lado era saudade da vida brasileira, o outro era nostalgia por tudo que já tinha vivido e ainda não queria me despedir - ansiedalgia...

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