Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PAIXÃO

Paixão, ah esse sentimento quase incontrolável que induz a cometer loucuras! As quais tinha certeza que jamais cometeria. Não nessa vida! E pela minha breve experiência nessa vida tendo a acreditar que nem todos estão prontos para a paixão, porque paixão sem entrega não é paixão. Paixão é perda de controle. É não querer falar, mas já ter dito. É não querer se entregar, mas já estar entregue.
Esse papo de “você não pode se entregar tanto no começo”. Acho chato! Entrego-me sim! Já cometi mais idiotices apaixonadas do que bêbada. Incontestável! Porque a paixão é essa patologia peculiar que impede de ser racional. [Ok, não sou perita em patologias. Mas é como dizem, de médico e louco todo mundo tem um pouco.] Com sintomas que a maioria conhece, a “abobalhação” é o mais evidente. Chora-se e ri sem motivos. Fica-se à espera do outro. Espera-se por uma declaração de amor e daí para menos. Um beijo, um abraço, um oi. Espera-se sempre.
E longe de ficar numa posição estática, os acometidos por tal patologia saem cometendo loucuras. Partem para o ataque! São capazes de ligar 19X em seguida, enviar incontáveis torpedos, estar arrependido disso tudo depois de segundos, mas resolver bisbilhotar por todos os meios possíveis algumas notícias do outro.
Mas como “para todo mal há cura”, com a paixão não é diferente. Apresenta possibilidade de curas diversas. De uma maneira sofrida, cura-se de uma paixão não correspondida. Para alguns a espera é de meses, anos para ver se livre da patologia... É preciso ótima saúde emocional para livrar-se da paixão com rapidez. Há também um antídoto infalível: uma nova paixão. Muda-se o foco, mas os sintomas persistem muito parecidos.
Mas a cura mais eficaz, aquela que todo apaixonado almeja alcançar é a obtida por doses homeopáticas do outro. Quando bem administrado esse tratamento pode fazer com que o quadro evolua para amor, “ferida que dói e não se sente, um contentamento descontente”. Descontente? Não para os apaixonados “curados”.   

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