E porque a vida continua hoje foi só mais um domingo normal. Em nada vai se parecer com aquela sexta feira de um ano atrás. Nada de vodka, cerveja, amigas ou paquera. Nada. E porque a vida continua foi assim, normal. Sonso. Sem graça.
Porque a vida continua, eu tenho que continuar. Diferente. Cicatrizando. Com mais por quês que me atormentam e um descrédito quanto ao futuro que insiste em retornar nos dias mais tristes.
E porque a vida continua ainda ouço histórias sobre você. Ouço sobre as coisas que você dizia. Disse. E como me surpreende saber que eu fazia parte das suas falas.
Porque a vida continua eu continuo sentindo. E como é difícil sentir presente esta ausência nos lugares que costumávamos nos encontrar. E sinto tantas coisas. Raiva. Dor. Medo. É uma mistura de tanta coisa que não conheço o nome.
E porque a vida continua, virão outros anos, outras datas em que me lembrarei com ainda mais saudade e talvez mais idealização. Não há mais nada que me impeça de dizer que era perfeito. Até mesmo as lágrimas naquela época, não erão assim, tão salgadas como as de hoje que insistem em cair toda vez que lembro-me de ti.
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