Teve feira gastronômica da 5ª edição do Dia Internacional
das Migrações e tinha barraquinha do Brasil, Cuba, Cabo-Verde, Senegal... Acabei não comendo nada porque já tinha almoçado, mas rolou uma garfada na comida senegalesa. Era um arroz bem temperado com frango. Bom!
Cuba |
Senegal |
Depois do almoço senegalês, de um sorvete no platô que já me viciou e compras de tecidos e lembrancinhas para quem ficou no Brasil, seguimos - os cearenses e eu - numa caminhada rumo à praia de Quebra Canela... A Embaixada do Brasil nos surpreendeu com essa pintura que eu ainda estou tentando entender quem e porquê...
O mar sempre me renova e já sofro em pensar a voltar a viver em terras secas em que não é possível terminar a tarde com um banho de mar que está a dez minutos de carro...
Domingo conheci um pouco do interior da Ilha e a primeira parada foi na Cruz de Picos que tem essa vista que uma simples foto não é capaz de traduzir... Depois seguimos para uma olaria para conhecer o trabalho de mulheres fantásticas que há gerações produzem cerâmica - desde a retirada da argila, carregando sacos de até 10kg na cabeça, até a queima das peças... Mulheres!!!
Depois fomos para uma festa de Natal para crianças que nos presentearam com a apresentação das "batucadeirinhas".
E se tem uma coisa que o povo aqui sabe fazer bem é festa, é dança, é música... Entra todo mundo na roda: menino, menina, mulher, idosa. Não há idade. Há alegria e uma energia que renova a alma!
Estar com crianças é sempre muito bom, sinto-me renovada ao encontrar-me com o que há de mais honesto no mundo. Crianças com olhares de esperança e de quem esperamos um mundo melhor. que brincam e sorriem com tão pouco. Que nos lembram que a alegria está em coisas tão simples como brincar de morto/vivo e comer pipoca. Renovo-me! E ainda vem o sol finalizar a tarde com o seu show particular...
Uma shawarma com bata frita depois e terminamos o domingo no show da linda Mayra Andrade!!! Que cantora!!! E por um motivo dos mais nobres: 1 ano da campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) "Livres e Iguais", que visa promover a igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT). Aliás, por aqui sempre está se discutindo a questão de gênero, igualdade e violência baseada em gênero. E apesar do machismo latente, há por outro lado uma preocupação social em colocar o assunto na mídia sem as distorções de quem não é capaz de compreender a humanidade pra além de pênis e vagina...
A semana foi de dias mais cinzas e vento. Muito vento. O que me permitiu um breve mergulho no mar apenas na quarta-feira. Na sexta o jeito foi passear um pouco pelo Mercado Sucupira e Platô...
Rolou um Poema Gigante na rua Pedonal - uma rua que não circula carros - e onde tem o melhor sorvete da cidade, aquele que já me viciou e, como estou aproveitando cada segundo, peguei logo dois!!!
Sábado foi dia de um bate papo com a Associação de Pais e Mestre da Escola Secundária de Salineiro sobre machismo e feminismo... O incômodo dos homens devia ser objeto de estudo. De me olharem a feio a se retirarem da sala... Onde já se viu uma mulher falando que precisamos lavar as próprias cuecas, né, não, macharada?!?! 😒
Mas o que me interessa são as possibilidade abertas com as mulheres que precisam se saber livres, que precisam saber poderem ser o que quiserem!!! Yes, we can do it!!!!
Depois um passeio pela linda Cidade Velha!!! Como já contei, a primeira cidade do país que foi "descoberto" em 1460...
Pelourinho |
Eu, Cláudia (CLE/Unicamp), Profa. Gertrudes (Univ. Jean Piaget) e seu esposo, Alcides. |
Rua das Bananas - Cidade Velha |
Convento São Francisco |
Resiliência... |
À noite, acompanhada do meu fiel companheiro, Revlon (que não aparece na foto), fui ao jantar de confraternização de professores e funcionários da Universidade Jean Piaget. Revlon foi presenteado com bons e carnudos ossos!!!
Cláudia, Wlodzimierz Szymaniak - reitor da Universidade Jean Piaget, eu, Professora Getrudes |
Pra encerrar, a "Noite Branca". Uma espécie de Virada Cultural com leituras de poemas na Casa Cultural e palcos com shows no centro da cidade. O nome é porque a tradição é que todos se vistam de branco nesta noite. É uma tradição da Cidade de Praia. No fim da noite regada a poesias, fui presenteada com um livro "Tratado Poético da Cobo-Verdianidade" de Silvino Lopes Évora.
E já se foram 2 meses... Mal deu tempo de eu me dar conta que estou do outro lado do Atlântico, mas já sinto o aperto no coração pelas despedidas que estão por vir para que eu rume a uma nova viagem...
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