Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

domingo, 25 de julho de 2010

QUERIDO DIÁRIO,

É impressionante como com o tempo passamos a enxergar tudo de maneira diferente, e não é em função da miopia que aumenta, é a leitura do mundo que muda. Mudam os filmes. Quero dizer, os filmes mesmos não mudam, continuam lá com as mesmas personagens, com o mesmo enredo e a mesma trilha sonora, muda o nosso olhar sobre a obra, e isso faz toda diferença.

Quando vi pela primeira vez “De repente é amor” não gostei. Fugia da minha ideia de romance ideal. Boba. Uma adolescente que ainda achava que o amor obedecia a regras estabelecidas: 1º encontro, namoro, noivado, casamento... Tudo conforme manda a etiqueta. Bobagem!

Não que eu tenha passado a acreditar que o amor possa acontecer de um sexo casual num banheiro de avião, mas por que não? Vai saber...

O que acredito agora é que não existe regra nenhuma, e se existem, estão aí para serem quebradas, e se você consegue arcar com a ressaca moral, quebre-as! No fim o que vale mesmo a pena são as histórias para contar para os netos, mesmo que com um pouco mais de fantasia...

Filmes hoje? Menos comédias românticas, mais suspenses e dramas, alguns cults e documentários... Minha lista de prediletos inclui: “Sociedade dos Poetas mortos”; “A vida de David Gale” (inteligentíssimo!); “O Clube do Imperador”(tocante!); “O sorriso de Monalisa” (inspirador); “Escritores da Libertade” (Excelente!!!); “Em boa companhia” (porque foi o primeiro filme que vi sem final clichê); “Sicko” (ah os estadunidenses são tão alienados!); “Coach Carter”; “Pride: Orgulho e Preconceito”... ah e por aí vai...

“De repente é amor”? Não, não faz parte dos meus prediletos, apesar de ter cenas que adoro! Mas aí poderia incluir outros tantos títulos e aí sim, muitas comédias românticas... Muitas das quais, provavelmente eu deteste dentro de algum tempo, ou passe a gostar ainda mais, porque amor é assim, não se ama sempre igual. Hoje se ama mais que ontem e menos que amanhã... é o que dizem, não sei.




E a linearidade na minha escrita vai muito bem para uma acadêmica.... Ãhã!






Mírian Lúcia Gonçalves

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