Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE. E AGORA?

Não exatamente especialista porque apenas conselhos de classe podem conceder um título de especialista, o que não é o caso de Educação em Saúde, mas pós-graduada (latu senso) em Educação em saúde! É, mas usualmente usa-se o termo especialista, e, ok!

E, apesar dos pesares, é claro que depois de 18 meses de curso há de haver alguma mudança significativa. Foram 16 módulos em 34 aulas (mais ou menos) compartilhadas com diversos profissionais da área da saúde e humanas, e talvez o maior aprendizado tenha sido meu despertar para a realidade da população brasileira tão carente de Educação e Saúde, não que seja novidade, mas conhecer a realidade de famílias na Grande São Paulo vivendo em condições precárias de higiene, que desconhecem saneamento básico, não conhecem banheiro e ao tê-lo não sabem usar, sim, há pessoas muito próximas que não sabem como utilizar um vaso sanitário! Isso sim foi novidade, uma triste e surpreendente novidade sobre a realidade. Porque nós, paulistas temos a pretensão de pensar que essa é a realidade apenas do interior do norte, nordeste...

Parar para estudar sempre acende o alerta para mais problemas e com uma temática dessas – Educação em Saúde –, num país de desigualdades sociais como o Brasil, é quase uma busca por problemas que parecem, muitas vezes, insolucionáveis. Jovens iletrados; adultos analfabetos; formação superior mercadológica, acrítica; descaso político; violência – contra crianças, adolescentes, mulheres, idosos... Desesperador! Mas reconhecer profissionais empenhados em transformar essa realidade é confortante e reacende a crença no ser humano como instrumento de mudança social.

O fim de uma empreitada sempre traz reflexões, o famoso filminho que passa pela cabeça. A empolgação e o entusiasmo dos primeiros dias. As tantas vezes que me vi perdida na Capital. Novas amizades, cumplicidades conquistadas. O desencanto. A reavaliação sobre a crítica. O desejo de chegar até o fim. Chegar até o fim, olhar para trás e poder, mais uma vez, dizer que “Valeu a pena”!


Mas e agora? Agora fica o desejo de continuar. E o medo de falhar. A necessidade de encontrar um caminho e tentar ser o beija-flor que ajudará a apagar o incêndio. Entender que uma andorinha pode até não fazer verão, mas ao menos anuncia sua chegada.
 
PARABÉNS TURMA DE ESPECIALIAÇÃO CEDESS/UNIFESP 2009-2010!!!


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