Para que serve a utopia?

"A Utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais a procure, menos a encontrarei. Qual sua utilidade, então? A utopia serve para isso, para caminhar!"
Fernando Birri (diretor de cinema)
http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

terça-feira, 23 de novembro de 2010

HOJE NUNCA, UM DIA TALVEZ...

Não tem nada mais furado do que promessa de nunca ou para sempre; juramento, idem; porque quando menos se espera lá está você em situações em que jamais se imaginou.

Você nunca se imaginou saindo na night, bebendo um pouco além da conta e ficando com mais de um cara na mesma noite e ainda era enfática na crítica a quem fazia isso. Passa-se o tempo e lá está você fazendo tudo isso numa tentativa de ser feliz!

Você nunca imaginou viver uma paixão proibida, um amor torto, apesar de já ter gritado aos quatro cantos “Consideraaamos justa toda forma de amooor” e lá está você, apaixonada e mais enrolada que cabelo de anjo idealizado com um cara comprometido.

Abominava sexo casual, achava inadmissível qualquer tipo de traição, seguia os preceitos da igreja e agora tudo isso passa a fazer parte da teoria da relatividade!

A isso chamo crescer, amadurecer e perceber que nada é pra sempre, e que “nunca” é mais mutável que lagarta no casulo.

Por isso é melhor não prometer nada. Não dar garantias pessoais. A garantia pode ser um olhar, um sorriso. A transparência que deixa quem quiser saber o que importa de verdade.

Sem essa de promessas eternas, juras de amor e fidelidade eternos. Porque isso é puro modismo. A indústria do casamento fatura milhões com casais e suas encenações, onde moças mais rodadas que fusca 79 realizando seus sonhos de véu e grinalda brancos com caras mais cafajestes que José Mayer em novela das 8h fazem suas juras de amor eterno.

Uma verdade de cada vez. Não há nada mais verdadeiro que o lema dos alcoólatras anônimos – “Um dia de cada vez” – porque somos humanos, passíveis de mudar uma verdade “imutável” numa esquina qualquer, num esbarrão sem querer, comprando ervilhas num supermercado...

 
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."


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