Tédio do domingo à noite. Um mal já consagrado. Acho que é pior depois de dias festivos. Páscoa, dia das mães, dia dos pais, ou qualquer outra data que o comércio aproveita para lucrar mais.
No início é uma festa. Família reunida, aquela comilança, churrasco, macarronada, farofa, maionese, salada, frango assado, um pouco de tudo! Depois ainda vêm os doces: pudins, bolos, tortas... E tem ainda a criançada correndo, se batendo, chorando... Família!
A casa fica uma bagunça. Louça suja pra todo lado. Nessas datas são tiradas todas aquelas louças que não são usadas normalmente. Mas essa não é a pior parte. Não. O pior é o tédio que vem depois. Na TV, nada digno de se assistir, com sorte, um filme mais ou menos na TV fechada de quem não assina os telecines.
Vejo-me forçada a recorrer à internet. No meu computador encontro fotos de anos atrás. Ah esse mudo digital! Fotos nem tão antigas, mas distantes pela distância que deixaram. Distância de amigos, paqueras, baladas. Quantas histórias. O que era só tédio, torna-se também nostalgia.
Para acompanhar, músicas que regam de melancolia o momento. Coisas do tipo Roupa Nova, e umas nacionais que nem ouso citar... Não. Não conto para ninguém.
Algumas conversas no MSN. Tentativas de falar com gente que não falava há tempos também. E o celular vira uma arma. Começa a tentativa de ligações, mensagens... Pico do tédio, nostalgia e carência!
Desisto de comer. Desisto do domingo. O tédio está instalado. Rendo-me ao sofá e a TV. Junto-me aos mortais que aguardam pela segundona e fantasticamente suportam os programas da TV aberta...
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