Frida tentava retornar à vida de antes, mas quanto mais tentava, mais ficava evidente para si que era impossível. Nada mais seria como antes. Sabia que muito desse sentimento era idealização. Mas era o que lhe restara e por enquanto parecia impossível deixar tudo para trás.
Olhava ao redor e não conseguia parar de pensar em como tudo parecia tão igual, mas com uma diferença que só ela era capaz de sentir. Pensava na vida. E na morte. Na presença da ausência. E em como coisas tão divergentes podiam coexistir tão intimamente.
Buscava por explicações que conscientemente sabia que nunca teria apesar de sua insistência em saber e entender...
Sabia estar num momento pessimista e admitir isso lhe parecia ser um indício de sensatez em meio a avalanche emocional que lhe cegava à razão.
Queira continuar e continuava... Mas ainda não com a mesma alegria. Já não sorria com a mesma emoção, e as lágrimas eram menos teatrais...
Não era o fim de nada. Apenas mais um começo... Só não sentia-se ainda pronta para fazer tudo novo de novo...
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