Intercâmbio é descoberta e nem todas são necessariamente boas. Mas talvez importantes pra gente entender a vida, se entender na vida... Já descobri que carma não te larga, não importa quantos quilômetros você viaje, por exemplo. Devem mesmo ter coisas de outras vidas que precisamos aprender a resolver...
Descobri que as vezes tem uma vaca no caminho. Literalmente. E é gostoso de ver, olhar a calma dela ali, só comendo e ruminando... Às vezes eu queria ser uma vaca, mas desisto logo ao lembrar de um churrasco, coisa que não vejo há mais de um mês já...
Em frente à universidade Jean Piaget |
Eu me considero uma pessoa agnóstica, acho que tudo é possível, assim como a negativa é igualmente verdadeira, mas fico pensando que se existe mesmo um Deus, ele deve estar um pouco chateado comigo, ou sendo sádico testando minha paciência e capacidade de resiliência, aí repenso meus dramas e penso também que se Deus existe ele tem coisa bem mais séria e bem menos #classemédiasofre pra resolver e sigo na dúvida... negando nada, afirmando menos.
Mas tô achando que os chineses vão dominar o mundo. O ilhéu mais fofo daqui será transformado num grande cassino e hotel. E as obras já começaram. Os chineses também têm acordo pra pescar em mares caboverdianos e, segundo me contaram isso já impacta a vida de alguns pescadores aqui...
A prainha e a vista pro ilhéu... |
Logo à frente, tapumes que escondem o mar e obras... |
Tá vendo como uma imagem depende do ponto de vista! Não é tão bonito visto dessa forma, né? |
Ao menos uma vez por semana eu dou uma saída por aqui pra ver gente, respirar novos ares e na última semana fui conhecer o Memorial de Amílcar Cabral que foi um líder da Libertação de Guiné Bissau e Cabo Verde em luta armada contra Portugal. Ele tinha um quê de comunista, gente! Como não amar, não é mesmo?!?
Memorial à Amílcar Cabral - Praia, Cabo Verde |
"Perguntar-nos-ão se o colonialismo português não teve uma ação positiva na África. A justiça é sempre relativa. Para os africanos, que durante cinco séculos se opuseram à dominação colonial portuguesa, o colonialismo português é o inferno; e onde reina o mal, não há lugar para o bem". Amílcar Cabral.
Depois fui conhecer a Biblioteca Nacional e passeei um tempo pela sala infanto juvenil.
Depois segui pro "mercadão" – o Sucupira – que tem esse nome por causa de uma novela brasileira. Lá eu me sinto no mundo de Nárnia, eu entro por uma das entradas e jamais consegui sair pela mesma. Aliás eu levo um tempo até conseguir sair dele. Vende-se de tudo por lá: celulares, relógios, tecidos, roupas de todos os tipos, sapatos, produtos de beleza, souvenirs, frutas, legumes, peixes, temperos, panelas, faz cabelo, faz a unha... Só não tem mesmo um mapa pra se localizar... E então lá estava eu com uma sacola com um vestidinho africano💚, banana, tomates, cebolas, pão e dois filés de atum fresco.
Em frente ao mercado Sucupira |
Em frente ao mercado Sucupira |
No último final de semana fez um sol bacana, pra compensar a falta de internet em casa. Nada de filme, série ou coisa do tipo pra distrair a solidão. O jeito foi passar mais tempo na praia. Como por aqui o transporte, apesar de barato é difícil principalmente aos FDS, arrisquei pedir carona, e não é que deu certo?!? Foi ótimo e uma economia de 40 escudos! Que logo mais eu doei ao me sentir meio intimidada por dois rapazes que me pediram um dinheiro... Ok, gentileza gera gentileza. isso foi no domingo, dia que decidi me bronzear com uma sonequinha na praia. Depois mergulho com peixinhos. Revigorante!
No sábado (pra que ordem cronológica, né, gente?!?), conheci a ilha da Ilha de Santiago (aquela que vai virar cassino e hotel de luxo dos chineses) e como boa estabanada consegui mais um machucado, dessa vez um corte (superficial, mas o suficiente pra eu fazer meu drama queen) no pé ao em enroscar numa planta... Mas valeu a pena, foi bom, na volta teve cerveja de pressão a 100 escudos cada, ótimas conversas, praia até anoitecer, shawarma, batata frita e chocolate...
No sábado (pra que ordem cronológica, né, gente?!?), conheci a ilha da Ilha de Santiago (aquela que vai virar cassino e hotel de luxo dos chineses) e como boa estabanada consegui mais um machucado, dessa vez um corte (superficial, mas o suficiente pra eu fazer meu drama queen) no pé ao em enroscar numa planta... Mas valeu a pena, foi bom, na volta teve cerveja de pressão a 100 escudos cada, ótimas conversas, praia até anoitecer, shawarma, batata frita e chocolate...
nas ruínas do ilhéu |
Os pescadores que nos levaram ao ilhéu por 1500 escudos |
Ricardo e eu nos aventurando em mar aberto (SQN!) num barquinho que nem dava pra brincar de "se a canoa não virar..." |
Vale um parênteses pra contar da Shawarma que é uma massinha fina tipo pão sírio com carne, vinagrete e bata frita, tudo dentro e enroladinho. Pode parecer estranho, mas é uma delícia!!! Virou rotina já: praia e depois shawarma com + uma porção de batatas fritas!
Mas como deve ter alguma força maior tentando me testar, não bastou o FDS sem internet e sábado de manhã sem água na torneira, agora meu celular de menos de menos de 8 meses decidiu que não quer mais acender! O “ecrã” que depois eu descobri que é o display pifou. Ou seja, galerê, se você é meu amigo, amiga, ex, família, pretendente a (ponha aqui um substantivo legal!), colega, quer me dar um emprego ano que vem, ou quer me contatar, saiba que estou sem celular, mas se a internet não me abandonar novamente, ainda atendo no e-mail e facebook de sempre.
Beijo, me escreve! 😉