E Frida estava mais desorientada do que nunca. Novamente não tinha emprego. Não tinha um amor. Sentia não ter nada e envergonhava-se em sentir-se assim diante das mazelas do mundo.
Frida estava decepcionada, mas ao menos dessa vez sentia o alívio de não ser consigo mesma. Não entendia como algumas pessoas eram capazes de articulações tão excêntricas para lucrar. Mas tinha a certeza de não querer compartilhar disso de forma alguma e, apesar de sentir-se tranqüila diante de sua decisão, sentia-se triste e angustiada com sua falta de forma angular para encaixar-se nesse mundo de asfalto e sem coração.
Assustada e ansiosa entendia perfeitamente a necessidade dos alcoólatras para encarar a cruel realidade. Viver sóbrio e consciente, isso sim são coisas de louco.
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